“Os clowns se jogam com entusiasmo no precipício do erro. Inicialmente com uma esperança angustiante, depois com a certeza esperançosa de que uma solução virá.
Geralmente, a solução encontrada não é aquela esperada ou desejada, o que torna o jogo muito mais excitante. Quanto mais imperfeito, melhor o jogo. Tudo é interessante na imperfeição e esta imperfeição é ‘única’ e ‘extraordinária’. O potencial humano é forte e primoroso. Os problemas são importantes.
Os clowns deixam suas expectativas, seus desejos e seus anseios de lado para serem portadores de jogos, seus amores e suas fraquezas. Suas compreenções mais sensíveis, sua candura e sua desordem inocente. As vezes, se eles tiverem chance, algo novo se produzirá e eles conseguirão mais uma vez tocar nossos corações. ”
Tanja Simma
Trabalhar o Clown é uma experiência muito interessante para atores. É um trabalho sobre a escuta de si mesmo, bem como de seu entorno. A vaidade e o ego não tem vez e só funcionam se forem objeto de jogo. ‘Não existe um clown que não seja um bom ator’, diz Jango Edwards. O fato de aprender sobre si mesmo e sobre os outros em cena, a capacidade de desenvolvimento da escuta é um trabalho verdadeiramente rico e grandioso. Na história do teatro, a história do Clown é igualmente importante.