MÓDULO IV

Clown

Um caminho longo e solitário
para ser engraçado.

“Os clowns se jogam com entusiasmo no precipício do erro. Inicialmente com uma esperança angustiante, depois com a certeza esperançosa de que uma solução virá.
Geralmente, a solução encontrada não é aquela esperada ou desejada, o que torna o jogo muito mais excitante. Quanto mais imperfeito, melhor o jogo. Tudo é interessante na imperfeição e esta imperfeição é ‘única’ e ‘extraordinária’. O potencial humano é forte e primoroso. Os problemas são importantes.
Os clowns deixam suas expectativas, seus desejos e seus anseios de lado  para serem portadores de jogos, seus amores e suas fraquezas.  Suas compreenções mais sensíveis, sua candura e sua desordem inocente. As vezes, se eles tiverem chance, algo novo se produzirá e eles conseguirão mais uma vez tocar nossos corações. ”

Tanja Simma

Trabalhar o Clown é uma experiência muito interessante para atores. É um trabalho sobre a escuta de si mesmo, bem como de seu entorno. A vaidade e o ego não tem vez e só funcionam se forem objeto de jogo.  ‘Não existe um clown que não seja um bom ator’, diz Jango Edwards.  O fato de aprender sobre si mesmo e sobre os outros em cena, a capacidade de desenvolvimento da escuta é um trabalho verdadeiramente rico e grandioso. Na história do teatro, a história do Clown é igualmente importante.

O fracasso

-O que é cômico e por que?

-Qual é a diferença entre ser engraçado e ridículo e o verdadeiro cômico?
-Até que ponto as situações devem chegar para que possam ser engraçadas novamente?
Nós trabalhamos com o perfil de cada ator para podermos encontrar estes pontos.
E finalmente, chegamos ao ‘Fracasso’. É importante compreender que o famoso “fracasso” é apenas um exercício muito importante, entre muitos outros,  mas um exercício no qual não devemos permanecer ou se arraigar com amor.

Neste módulo, a preparação dirigida por Adriana Salles é particularmente primordial. Neste trabalho preparatório para nossas oficinas, ela trabalha a dança, os elementos coreográficos, a musicalidade e a acrobacia. Esta preparação é uma parte essencial para o trabalho de Clown pois permite filtrar a individualidade e a singularidade de cada um através das dificuldades e angustias enfrentadas pelos mesmos.
Deixamos o cômico fácil, vulgar, a animação de mau gosto de lado para descobrirmos o verdadeiro:

O Próprio Clown

O que faz com que as pessoas riam justamente de si mesmas?
O que em mim provoca o riso no público?
A verdadeira dor é realmente algo de assim tão doloroso?
Justamente, as fraquezas do clown são a sua força. Como aprender a conhece-las e como jogar com elas?
Como evitar um strip-tease da alma ou a auto-terapia em cena?

O Nariz Vermelho e o Público

LSem o público um clown não pode existir. Estar em cena em contato com a plateia é vital para o Clown: descobrir os meios para acessar emoções como ator e provocar tais emoções no público. Nós nos debruçamos sobre a poesia do clown livre de qualquer tipo de clichê. Compreendemos a conexão com o público através de nossos corações. Como sou o único ‘mestre’?

Os clowns hoje

Existe uma conexão entre os clowns de circo tradicionais e os clowns atuais?
Um Clown pode ter um emprego?
E se os Clowns fizessem teatro?