MÓDULO III
Bufões:
uma
confraria trágica
„Os Bufões não acreditam em nada e zombam de tudo, inclusive dos valores arraigados. Os Bufões atingem o grande território da tragédia.“Jacques Lecoq.
Através da deformação dos corpos, descobrimos:
O primeiro bufão
Enxergamos através destas criaturas a nossa própria condição: a condição humana. Ao investigar a humanidade das minorias: as deformações, as dores, os sentimentos e a poesia. É como se estivéssemos esculpindo com o próprio corpo o nosso inconsciente. Assim, tudo se torna concreto e palpável. Criamos desta forma uma máscara de corpo inteiro.
O mundo dos mistérios
Quanto mais nos direcionamos para os deformados, os monstruosos, os seres míticos, mais nos aproximamos da condição humana, da existência em si. Exploramos o mundo dos mistérios, estes seres que vivem na neblina do tempo, entre o céu e o inferno. Com exercícios emprestados do Kathakali e de Grotowski, buscamos explorar os terrenos incomuns dos corpos e explorar os rituais. Assim:
– trabalhamos com o inconsciente coletivo descrito por C.G. Jung: a viagem através das almas de cada um.
-encontramos a poesia, a música, a pintura, como um caminho para expressar estes mistérios. Vamos de encontro a Dante, Rimbaud, Artaud, Brugel, Bosch. É neste ponto que encontramos os arquétipos da existência humana: